quarta-feira, 11 de agosto de 2010

19.LIVRO DE SALMOS-101-150

Introdução:

Capítulos: introdução(00, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 138, 139, 140, 141, 142, 143, 144, 145, 146, 147, 148, 149, 150.

São cento e cinqüenta cânticos e poemas espirituais usados em cultos e devocionais da igreja de todas às épocas. Compunham o hinário do segundo templo.

Os temas predominantes são a oração e o louvor, mas os Salmos cobrem uma grande variedade de experiências religiosas.

São referidos com mas freqüências no Novo Testamento do que qualquer outro livro, exceto Isaías.

São com freqüência chamados Salmos de Davi porque esse rei foi o autor de um grande número deles.

AUTORES: Não se sabe quais foram os autores de um grande número de Salmos. É provável que, em alguns casos, o nome atribuído a certos Salmos possa referir-se melhor ao compilador do que ao autor.

A seguinte lista de autores foi extraída de várias versões das Escrituras.

Atribuídos a Davi, 73; aos filhos de Coré, 11; a Asafe, 12 a Hemã, 1; a Etã, 1; a Salomão, 2; a Moisés, 1; a Ageu, 1; a Zacarias, 1; a Ezequias, não há certeza quanto ao número; a Esdras, 1. Os restantes são anônimos.

SALMOS MESSIÂNICOS:

Damos a seguir alguns dos salmos que contém referências diretas ou simbólicas a Cristo.

(1) Cristo com Rei, 2; 45; 72; 110; 132:11

(2) Seus sofrimentos, 22; 41; 55:12-14; 69:20-21.

(3) Sua ressurreição, 16.

(4) Sua ascensão, 68:18.

ORDEM QUANTO A TEMA;

Cada salmo está anotado abaixo sob o tema a que se refere.

O homem:

(a) Sua exaltação, 8.

(b) Sua condição de pecador, 10; 14; 36; 55; 59 entre outros.

O mundano e o ímpio.

(a) Em contraste com o piedoso, 1; 4; 5.

(b) A demora de seu castigo, 10.

(c) Sua prosperidade, 37; 73.

(d) Seu destino, 9; 11.

(e) A confiança nas riquezas, 49.

Experiências espirituais.

(a) O arrependimento, 25; 38; 51; 130.

(b) O perdão, 32.

(c) A conversão, 40.

(d) A consagração, 116.

(e) A confiança, 3; 16; 20; 23; 27; 31; 34; 42; 61; 62; 91; 121.

(f) A capacidade de ser ensinado, 25.

(g) A aspiração, 42; 63;; 143.

(h) A oração, 55; 70; 77; 85; 86; 142; 143.

(i) O louvor, 96;98; 100; 103; 107; 136; 145; 148; 149; 150.

(j) A adoração, 43; 84; 100; 122; 132.

(l) A aflição, 6;13; 22; 69; 88; 102.

(m) A velhice, 71;

(n) A viga fugaz, 39; 49; 90.

(o) O lar, 127.

(p) A nostalgia, 137.

A Igreja (Simbolizada).

(a) Sua segurança, 46.

(b) Sua glória, 48; 37.

(c) O amor para com ela, 84; 122.

(d) A unidade nela, 133.

A Palavra de Deus, 19; 119.

Missionários, 67; 72; ; 96; 98.

O dever dos governantes, 82; 101.

Atributos Divinos:

(a) Sabedoria, majestade e poder, 18; 19; 29; 62; 66; 89; 93; 97; 99; 118; 147.

(b) Conhecimento infinito, 139.

(c) Poder criativo, 33; 89; 104.

As experiências de Israel:

(a) Incredulidade, 78.

(b) Sua desolação e aflição, 79; 80.

(c) Sua reincidência, 81.

(d) A providência divina, 105; 106; 114.










Capítulo : 101

1 Cantarei a benignidade e o juízo; a ti, Senhor, cantarei.

2 Portar-me-ei sabiamente no caminho reto. Oh, quando virás ter comigo? Andarei em minha casa com integridade de coração.

3 Não porei coisa torpe diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; isso não se apagará a mim.

4 Longe de mim estará o coração perverso; não conhecerei o mal.

5 Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o tolerarei.

6 Os meus olhos estão sobre os fiéis da terra, para que habitem comigo; o que anda no caminho perfeito, esse me servirá.

7 O que usa de fraude não habitará em minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos.

8 De manhã em manhã destruirei todos os ímpios da terra, para desarraigar da cidade do Senhor todos os que praticam a iniqüidade.












Capítulo : 102

1 ó Senhor, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor.

2 Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia; inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa.

3 Pois os meus dias se desvanecem como fumaça, e os meus ossos ardem como um tição.

4 O meu coração está ferido e seco como a erva, pelo que até me esqueço de comer o meu pão.

5 Por causa do meu doloroso gemer, os meus ossos se apegam à minha carne.

6 Sou semelhante ao pelicano no deserto; cheguei a ser como a coruja das ruínas.

7 Vigio, e tornei-me como um passarinho solitário no telhado.

8 Os meus inimigos me afrontam todo o dia; os que contra mim se enfurecem, me amaldiçoam.

9 Pois tenho comido cinza como pão, e misturado com lágrimas a minha bebida,

10 por causa da tua indignação e da tua ira; pois tu me levantaste e me arrojaste de ti.

11 Os meus dias são como a sombra que declina, e eu, como a erva, me vou secando.

12 Mas tu, Senhor, estás entronizado para sempre, e o teu nome será lembrado por todas as gerações.

13 Tu te levantarás e terás piedade de Sião; pois é o tempo de te compadeceres dela, sim, o tempo determinado já chegou.

14 Porque os teus servos têm prazer nas pedras dela, e se compadecem do seu pó.

15 As nações, pois, temerão o nome do Senhor, e todos os reis da terra a tua glória,

16 quando o Senhor edificar a Sião, e na sua glória se manifestar,

17 atendendo à oração do desamparado, e não desprezando a sua súplica.

18 Escreva-se isto para a geração futura, para que um povo que está por vir louve ao Senhor.

19 Pois olhou do alto do seu santuário; dos céus olhou o Senhor para a terra,

20 para ouvir o gemido dos presos, para libertar os sentenciados à morte;

21 a fim de que seja anunciado em Sião o nome do Senhor, e o seu louvor em Jerusalém,

22 quando se congregarem os povos, e os reinos, para servirem ao Senhor.

23 Ele abateu a minha força no caminho; abreviou os meus dias.

24 Eu clamo: Deus meu, não me leves no meio dos meus dias, tu, cujos anos alcançam todas as gerações.

25 Desde a antigüidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos.

26 Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como um vestido, envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.

27 Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão.

28 Os filhos dos teus servos habitarão seguros, e a sua descendência ficará firmada diante de ti.














Capítulo : 103

1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.

2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios.

3 É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades, quem sara todas as tuas enfermidades,

4 quem redime a tua vida da cova, quem te coroa de benignidade e de misericórdia,

5 quem te supre de todo o bem, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.

6 O Senhor executa atos de justiça, e juízo a favor de todos os oprimidos.

7 Fez notórios os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel.

8 Compassivo e misericordioso é o Senhor; tardio em irar-se e grande em benignidade.

9 Não repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a sua ira.

10 Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as nossas iniqüidades.

11 Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua benignidade para com os que o temem.

12 Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas transgressões.

13 Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem.

14 Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.

15 Quanto ao homem, os seus dias são como a erva; como a flor do campo, assim ele floresce.

16 Pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não a conhece mais.

17 Mas é de eternidade a eternidade a benignidade do Senhor sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos,

18 sobre aqueles que guardam o seu pacto, e sobre os que se lembram dos seus preceitos para os cumprirem.

19 O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo.

20 Bendizei ao Senhor, vós anjos seus, poderosos em força, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra!

21 Bendizei ao Senhor, vós todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais a sua vontade!

22 Bendizei ao Senhor, vós todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio! Bendize, ó minha alma ao Senhor!












Capítulo : 104

1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Senhor, Deus meu, tu és magnificentíssimo! Estás vestido de honra e de majestade,

2 tu que te cobres de luz como de um manto, que estendes os céus como uma cortina.

3 És tu que pões nas águas os vigamentos da tua morada, que fazes das nuvens o teu carro, que andas sobre as asas do vento;

4 que fazes dos ventos teus mensageiros, dum fogo abrasador os teus ministros.

5 Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum.

6 Tu a cobriste do abismo, como dum vestido; as águas estavam sobre as montanhas.

7 à tua repreensão fugiram; à voz do teu trovão puseram-se em fuga.

8 Elevaram-se as montanhas, desceram os vales, até o lugar que lhes determinaste.

9 Limite lhes traçaste, que não haviam de ultrapassar, para que não tornassem a cobrir a terra.

10 És tu que nos vales fazes rebentar nascentes, que correm entre as colinas.

11 Dão de beber a todos os animais do campo; ali os asnos monteses matam a sua sede.

12 Junto delas habitam as aves dos céus; dentre a ramagem fazem ouvir o seu canto.

13 Da tua alta morada regas os montes; a terra se farta do fruto das tuas obras.

14 Fazes crescer erva para os animais, e a verdura para uso do homem, de sorte que da terra tire o alimento,

15 o vinho que alegra o seu coração, o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que lhe fortalece o coração.

16 Saciam-se as árvores do Senhor, os cedros do Líbano que ele plantou,

17 nos quais as aves se aninham, e a cegonha, cuja casa está nos ciprestes.

18 Os altos montes são um refúgio para as cabras montesas, e as rochas para os querogrilos.

19 Designou a lua para marcar as estações; o sol sabe a hora do seu ocaso.

20 Fazes as trevas, e vem a noite, na qual saem todos os animais da selva.

21 Os leões novos os animais bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento.

22 Quando nasce o sol, logo se recolhem e se deitam nos seus covis.

23 Então sai o homem para a sua lida e para o seu trabalho, até a tarde.

24 ó Senhor, quão multiformes são as tuas obras! Todas elas as fizeste com sabedoria; a terra está cheia das tuas riquezas.

25 Eis também o vasto e espaçoso mar, no qual se movem seres inumeráveis, animais pequenos e grandes.

26 Ali andam os navios, e o leviatã que formaste para nele folgar.

27 Todos esperam de ti que lhes dês o sustento a seu tempo.

28 Tu lho dás, e eles o recolhem; abres a tua mão, e eles se fartam de bens.

29 Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras a respiração, morrem, e voltam para o seu pó.

30 Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra.

31 Permaneça para sempre a glória do Senhor; regozije-se o Senhor nas suas obras;

32 ele olha para a terra, e ela treme; ele toca nas montanhas, e elas fumegam.

33 Cantarei ao Senhor enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu existir.

34 Seja-lhe agradável a minha meditação; eu me regozijarei no Senhor.

35 Sejam extirpados da terra os pecadores, e não subsistam mais os ímpios. Bendize, ó minha alma, ao Senhor. Louvai ao Senhor.










Capítulo : 105

1 Dai graças ao Senhor; invocai o seu nome; fazei conhecidos os seus feitos entre os povos.

2 Cantai-lhe, cantai-lhe louvores; falai de todas as suas maravilhas.

3 Gloriai-vos no seu santo nome; regozije-se o coração daqueles que buscam ao Senhor.

4 Buscai ao Senhor e a sua força; buscai a sua face continuamente.

5 Lembrai-vos das maravilhas que ele tem feito, dos seus prodígios e dos juízos da sua boca,

6 vós, descendência de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.

7 Ele é o Senhor nosso Deus; os seus juízos estão em toda a terra.

8 Lembra-se perpetuamente do seu pacto, da palavra que ordenou para mil gerações;

9 do pacto que fez com Abraão, e do seu juramento a Isaque;

10 o qual ele confirmou a Jacó por estatuto, e a Israel por pacto eterno,

11 dizendo: A ti darei a terra de Canaã, como porção da vossa herança.

12 Quando eles eram ainda poucos em número, de pouca importância, e forasteiros nela,

13 andando de nação em nação, dum reino para outro povo,

14 não permitiu que ninguém os oprimisse, e por amor deles repreendeu reis, dizendo:

15 Não toqueis nos meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas.

16 Chamou a fome sobre a terra; retirou-lhes todo o sustento do pão.

17 Enviou adiante deles um varão; José foi vendido como escravo;

18 feriram-lhe os pés com grilhões; puseram-no a ferro,

19 até o tempo em que a sua palavra se cumpriu; a palavra do Senhor o provou.

20 O rei mandou, e fez soltá-lo; o governador dos povos o libertou.

21 Fê-lo senhor da sua casa, e governador de toda a sua fazenda,

22 para, a seu gosto, dar ordens aos príncipes, e ensinar aos anciãos a sabedoria.

23 Então Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cão.

24 E o Senhor multiplicou sobremodo o seu povo, e o fez mais poderoso do que os seus inimigos.

25 Mudou o coração destes para que odiassem o seu povo, e tratassem astutamente aos seus servos.

26 Enviou Moisés, seu servo, e Arão, a quem escolhera,

27 os quais executaram entre eles os seus sinais e prodígios na terra de Cão.

28 Mandou à escuridão que a escurecesse; e foram rebeldes à sua palavra.

29 Converteu-lhes as águas em sangue, e fez morrer os seus peixes.

30 A terra deles produziu rãs em abundância, até nas câmaras dos seus reis.

31 Ele falou, e vieram enxames de moscas em todo o seu termo.

32 Deu-lhes saraiva por chuva, e fogo abrasador na sua terra.

33 Feriu-lhes também as vinhas e os figueirais, e quebrou as árvores da sua terra.

34 Ele falou, e vieram gafanhotos, e pulgões em quantidade inumerável,

35 que comeram toda a erva da sua terra, e devoraram o fruto dos seus campos.

36 Feriu também todos os primogênitos da terra deles, as primícias de toda a sua força.

37 E fez sair os israelitas com prata e ouro, e entre as suas tribos não havia quem tropeçasse.

38 O Egito alegrou-se quando eles saíram, porque o temor deles o dominara.

39 Estendeu uma nuvem para os cobrir, e um fogo para os alumiar de noite.

40 Eles pediram, e ele fez vir codornizes, e os saciou com pão do céu.

41 Fendeu a rocha, e dela brotaram águas, que correram pelos lugares áridos como um rio.

42 Porque se lembrou da sua santa palavra, e de Abraão, seu servo.

43 Fez sair com alegria o seu povo, e com cânticos de júbilo os seus escolhidos.

44 Deu-lhes as terras das nações, e eles herdaram o fruto do trabalho dos povos,

45 para que guardassem os seus preceitos, e observassem as suas leis. Louvai ao Senhor

















Capítulo : 106

1 Louvai ao Senhor. Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.

2 Quem pode referir os poderosos feitos do Senhor, ou anunciar todo o seu louvor?

3 Bem-aventurados os que observam o direito, que praticam a justiça em todos os tempos.

4 Lembra-te de mim, Senhor, quando mostrares favor ao teu povo; visita-me com a tua salvação,

5 para que eu veja a prosperidade dos teus escolhidos, para que me alegre com a alegria da tua nação, e me glorie juntamente com a tua herança.

6 Nós pecamos, como nossos pais; cometemos a iniqüidade, andamos perversamente.

7 Nossos pais não atentaram para as tuas maravilhas no Egito, não se lembraram da multidão das tuas benignidades; antes foram rebeldes contra o Altíssimo junto ao Mar Vermelho.

8 Não obstante, ele os salvou por amor do seu nome, para fazer conhecido o seu poder.

9 Pois repreendeu o Mar Vermelho e este se secou; e os fez caminhar pelos abismos como pelo deserto.

10 Salvou-os da mão do adversário, livrou-os do poder do inimigo.

11 As águas, porém, cobriram os seus adversários; nem um só deles ficou.

12 Então creram nas palavras dele e cantaram-lhe louvor.

13 Cedo, porém, se esqueceram das suas obras; não esperaram pelo seu conselho;

14 mas deixaram-se levar pela cobiça no deserto, e tentaram a Deus no ermo.

15 E ele lhes deu o que pediram, mas fê-los definhar de doença.

16 Tiveram inveja de Moisés no acampamento, e de Arão, o santo do Senhor.

17 Abriu-se a terra, e engoliu a Datã, e cobriu a companhia de Abirão;

18 ateou-se um fogo no meio da congregação; e chama abrasou os ímpios.

19 Fizeram um bezerro em Horebe, e adoraram uma imagem de fundição.

20 Assim trocaram a sua glória pela figura de um boi que come erva.

21 Esqueceram-se de Deus seu Salvador, que fizera grandes coisas no Egito,

22 maravilhas na terra de Cão, coisas tremendas junto ao Mar Vermelho.

23 Pelo que os teria destruído, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não se tivesse interposto diante dele, para desviar a sua indignação, a fim de que não os destruísse.

24 Também desprezaram a terra aprazível; não confiaram na sua promessa;

25 antes murmuraram em suas tendas e não deram ouvidos à voz do Senhor.

26 Pelo que levantou a sua mão contra eles, afirmando que os faria cair no deserto;

27 que dispersaria também a sua descendência entre as nações, e os espalharia pelas terras.

28 Também se apegaram a Baal-Peor, e comeram sacrifícios oferecidos aos mortos.

29 Assim o provocaram à ira com as suas ações; e uma praga rebentou entre eles.

30 Então se levantou Finéias, que executou o juízo; e cessou aquela praga.

31 E isto lhe foi imputado como justiça, de geração em geração, para sempre.

32 Indignaram-no também junto às águas de Meribá, de sorte que sucedeu mal a Moisés por causa deles;

33 porque amarguraram o seu espírito; e ele falou imprudentemente com seus lábios.

34 Não destruíram os povos, como o Senhor lhes ordenara;

35 antes se misturaram com as nações, e aprenderam as suas obras.

36 Serviram aos seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço;

37 sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios;

38 e derramaram sangue inocente, o sangue de seus filhos e de suas filhas, que eles sacrificaram aos ídolos de Canaã; e a terra foi manchada com sangue.

39 Assim se contaminaram com as suas obras, e se prostituíram pelos seus feitos.

40 Pelo que se acendeu a ira do Senhor contra o seu povo, de modo que abominou a sua herança;

41 entregou-os nas mãos das nações, e aqueles que os odiavam dominavam sobre eles.

42 Os seus inimigos os oprimiram, e debaixo das mãos destes foram eles humilhados.

43 Muitas vezes os livrou; mas eles foram rebeldes nos seus desígnios, e foram abatidos pela sua iniqüidade.

44 Contudo, atentou para a sua aflição, quando ouviu o seu clamor;

45 e a favor deles lembrou-se do seu pacto, e aplacou-se, segundo a abundância da sua benignidade.

46 Por isso fez com que obtivessem compaixão da parte daqueles que os levaram cativos.

47 Salva-nos, Senhor, nosso Deus, e congrega-nos dentre as nações, para que louvemos o teu santo nome, e nos gloriemos no teu louvor.

48 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, de eternidade em eternidade! E diga todo o povo: Amém. Louvai ao Senhor.












Capítulo : 107

1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre;

2 digam-no os remidos do Senhor, os quais ele remiu da mão do inimigo,

3 e os que congregou dentre as terras, do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul.

4 Andaram desgarrados pelo deserto, por caminho ermo; não acharam cidade em que habitassem.

5 Andavam famintos e sedentos; desfalecia-lhes a alma.

6 E clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias;

7 conduziu-os por um caminho direito, para irem a uma cidade em que habitassem.

8 Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!

9 Pois ele satisfaz a alma sedenta, e enche de bens a alma faminta.

10 Quanto aos que se assentavam nas trevas e sombra da morte, presos em aflição e em ferros,

11 por se haverem rebelado contra as palavras de Deus, e desprezado o conselho do Altíssimo,

12 eis que lhes abateu o coração com trabalho; tropeçaram, e não houve quem os ajudasse.

13 Então clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias.

14 Tirou-os das trevas e da sombra da morte, e quebrou-lhes as prisões.

15 Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!

16 Pois quebrou as portas de bronze e despedaçou as trancas de ferro.

17 Os insensatos, por causa do seu caminho de transgressão, e por causa das suas iniqüidades, são afligidos.

18 A sua alma aborreceu toda sorte de comida, e eles chegaram até as portas da morte.

19 Então clamaram ao Senhor na sua tribulação, e ele os livrou das suas angústias.

20 Enviou a sua palavra, e os sarou, e os livrou da destruição.

21 Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!

22 Ofereçam sacrifícios de louvor, e relatem as suas obras com regozijo!

23 Os que descem ao mar em navios, os que fazem comércio nas grandes águas,

24 esses vêem as obras do Senhor, e as suas maravilhas no abismo.

25 Pois ele manda, e faz levantar o vento tempestuoso, que eleva as ondas do mar.

26 Eles sobem ao céu, descem ao abismo; esvaece-lhes a alma de aflição.

27 Balançam e cambaleiam como ébrios, e perdem todo o tino.

28 Então clamam ao Senhor na sua tribulação, e ele os livra das suas angústias.

29 Faz cessar a tormenta, de modo que se acalmam as ondas.

30 Então eles se alegram com a bonança; e assim ele os leva ao porto desejado.

31 Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens!

32 Exaltem-no na congregação do povo, e louvem-no na assembléia dos anciãos!

33 Ele converte rios em deserto, e nascentes em terra sedenta;

34 a terra frutífera em deserto salgado, por causa da maldade dos que nela habitam.

35 Converte o deserto em lagos, e a terra seca em nascentes.

36 E faz habitar ali os famintos, que edificam uma cidade para sua habitação;

37 semeiam campos e plantam vinhas, que produzem frutos abundantes.

38 Ele os abençoa, de modo que se multiplicam sobremaneira; e não permite que o seu gado diminua.

39 Quando eles decrescem e são abatidos pela opressão, aflição e tristeza,

40 ele lança o desprezo sobre os príncipes, e os faz desgarrados pelo deserto, onde não há caminho.

41 Mas levanta da opressão o necessitado para um alto retiro, e dá-lhe famílias como um rebanho.

42 Os retos o vêem e se regozijam, e toda a iniqüidade tapa a sua própria boca.

43 Quem é sábio observe estas coisas, e considere atentamente as benignidades do Senhor.














Capítulo : 108

1 Preparado está o meu coração, ó Deus; cantarei, sim, cantarei louvores, com toda a minha alma.

2 Despertai, saltério e harpa; eu mesmo despertarei a aurora.

3 Louvar-te-ei entre os povos, Senhor, cantar-te-ei louvores entre as nações.

4 Pois grande, acima dos céus, é a tua benignidade, e a tua verdade ultrapassa as mais altas nuvens.

5 Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus, e seja a tua glória acima de toda a terra!

6 Para que sejam livres os teus amados, salva-nos com a tua destra, e ouve-nos.

7 Deus falou no seu santuário: Eu me regozijarei; repartirei Siquém, e medirei o vale de Sucote.

8 Meu é Gileade, meu é Manassés; também Efraim é o meu capacete; Judá o meu cetro.

9 Moabe a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o meu sapato; sobre a Filístia bradarei em triunfo.

10 Quem me conduzirá à cidade fortificada? Quem me guiará até Edom?

11 Porventura não nos rejeitaste, ó Deus? Não sais, ó Deus, com os nossos exércitos.

12 Dá-nos auxílio contra o adversário, pois vão é o socorro da parte do homem.

13 Em Deus faremos proezas; porque é ele quem calcará aos pés os nossos inimigos.












Capítulo : 109

1 ó Deus do meu louvor, não te cales;

2 pois a boca do ímpio e a boca fraudulenta se abrem contra mim; falam contra mim com uma língua mentirosa.

3 Eles me cercam com palavras de ódio, e pelejam contra mim sem causa.

4 Em paga do meu amor são meus adversários; mas eu me dedico à oração.

5 Retribuem-me o mal pelo bem, e o ódio pelo amor.

6 Põe sobre ele um ímpio, e esteja à sua direita um acusador.

7 Quando ele for julgado, saia condenado; e em pecado se lhe torne a sua oração!

8 Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício!

9 Fiquem órfãos os seus filhos, e viúva a sua mulher!

10 Andem errantes os seus filhos, e mendiguem; esmolem longe das suas habitações assoladas.

11 O credor lance mão de tudo quanto ele tenha, e despojem-no os estranhos do fruto do seu trabalho!

12 Não haja ninguém que se compadeça dele, nem haja quem tenha pena dos seus órfãos!

13 Seja extirpada a sua posteridade; o seu nome seja apagado na geração seguinte!

14 Esteja na memória do Senhor a iniqüidade de seus pais; e não se apague o pecado de sua mãe!

15 Antes estejam sempre perante o Senhor, para que ele faça desaparecer da terra a memória deles!

16 Porquanto não se lembrou de usar de benignidade; antes perseguiu o varão aflito e o necessitado, como também o quebrantado de coração, para o matar.

17 Visto que amou a maldição, que ela lhe sobrevenha! Como não desejou a bênção, que ela se afaste dele!

18 Assim como se vestiu de maldição como dum vestido, assim penetre ela nas suas entranhas como água, e em seus ossos como azeite!

19 Seja para ele como o vestido com que ele se cobre, e como o cinto com que sempre anda cingido!

20 Seja este, da parte do Senhor, o galardão dos meus adversários, e dos que falam mal contra mim!

21 Mas tu, ó Deus, meu Senhor age em meu favor por amor do teu nome; pois que é boa a tua benignidade, livra-me;

22 pois sou pobre e necessitado, e dentro de mim está ferido o meu coração.

23 Eis que me vou como a sombra que declina; sou arrebatado como o gafanhoto.

24 Os meus joelhos estão enfraquecidos pelo jejum, e a minha carne perde a sua gordura.

25 Eu sou para eles objeto de opróbrio; ao me verem, meneiam a cabeça.

26 Ajuda-me, Senhor, Deus meu; salva-me segundo a tua benignidade.

27 Saibam que nisto está a tua mão, e que tu, Senhor, o fizeste.

28 Amaldiçoem eles, mas abençoa tu; fiquem confundidos os meus adversários; mas alegre-se o teu servo!

29 Vistam-se de ignomínia os meus acusadores, e cubram-se da sua própria vergonha como dum manto!

30 Muitas graças darei ao Senhor com a minha boca;

31 Pois ele se coloca à direita do poder, para o salvar dos que o condenam.












Capítulo : 110

1 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.

2 O Senhor enviará de Sião o cetro do teu poder. Domina no meio dos teus inimigos.

3 O teu povo apresentar-se-á voluntariamente no dia do teu poder, em trajes santos; como vindo do próprio seio da alva, será o orvalho da tua mocidade.

4 Jurou o Senhor, e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

5 O Senhor, à tua direita, quebrantará reis no dia da sua ira.

6 Julgará entre as nações; enchê-las-á de cadáveres; quebrantará os cabeças por toda a terra.

7 Pelo caminho beberá da corrente, e prosseguirá de cabeça erguida.

















Capítulo : 111

1 Louvai ao Senhor. De todo o coração darei graças ao Senhor, no concílio dos retos e na congregação.

2 Grandes são as obras do Senhor, e para serem estudadas por todos os que nelas se comprazem.

3 Glória e majestade há em sua obra; e a sua justiça permanece para sempre.

4 Ele fez memoráveis as suas maravilhas; compassivo e misericordioso é o Senhor.

5 Dá mantimento aos que o temem; lembra-se sempre do seu pacto.

6 Mostrou ao seu povo o poder das suas obras, dando-lhe a herança das nações.

7 As obras das suas mãos são verdade e justiça; fiéis são todos os seus preceitos;

8 firmados estão para todo o sempre; são feitos em verdade e retidão.

9 Enviou ao seu povo a redenção; ordenou para sempre o seu pacto; santo e tremendo é o seu nome.

10 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem os seus preceitos; o seu louvor subsiste para sempre.











Capítulo : 112

1 Louvai ao Senhor. Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor, que em seus mandamentos tem grande prazer!

2 A sua descendência será poderosa na terra; a geração dos retos será abençoada.

3 Bens e riquezas há na sua casa; e a sua justiça permanece para sempre.

4 Aos retos nasce luz nas trevas; ele é compassivo, misericordioso e justo.

5 Ditoso é o homem que se compadece, e empresta, que conduz os seus negócios com justiça;

6 pois ele nunca será abalado; o justo ficará em memória eterna.

7 Ele não teme más notícias; o seu coração está firme, confiando no Senhor.

8 O seu coração está bem firmado, ele não terá medo, até que veja cumprido o seu desejo sobre os seus adversários.

9 Espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça subsiste para sempre; o seu poder será exaltado em honra.

10 O ímpio vê isto e se enraivece; range os dentes e se consome; o desejo dos ímpios perecerá.













Capítulo : 113

1 Louvai ao Senhor. Louvai, servos do Senhor, louvai o nome do Senhor.

2 Bendito seja o nome do Senhor, desde agora e para sempre.

3 Desde o nascimento do sol até o seu ocaso, há de ser louvado o nome do Senhor.

4 Exaltado está o Senhor acima de todas as nações, e a sua glória acima dos céus.

5 Quem é semelhante ao Senhor nosso Deus, que tem o seu assento nas alturas,

6 que se inclina para ver o que está no céu e na terra?

7 Ele levanta do pó o pobre, e do monturo ergue o necessitado,

8 para o fazer sentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo.

9 Ele faz com que a mulher estéril habite em família, e seja alegre mãe de filhos. Louvai ao Senhor.

















Capítulo : 114

1 Quando Israel saiu do Egito, e a casa de Jacó dentre um povo de língua estranha,

2 Judá tornou-lhe o santuário, e Israel o seu domínio.

3 O mar viu isto, e fugiu; o Jordão tornou atrás.

4 Os montes saltaram como carneiros, e os outeiros como cordeiros do rebanho.

5 Que tens tu, ó mar, para fugires? e tu, ó Jordão, para tornares atrás?

6 E vós, montes, que saltais como carneiros, e vós outeiros, como cordeiros do rebanho?

7 Treme, ó terra, na presença do Senhor, na presença do Deus de Jacó,

8 o qual converteu a rocha em lago de águas, a pederneira em manancial.














Capítulo : 115

1 Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.

2 Por que perguntariam as nações: Onde está o seu Deus?

3 Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz.

4 Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem.

5 Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem;

6 têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram;

7 têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.

8 Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam.

9 Confia, ó Israel, no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.

10 Casa de Arão, confia no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.

11 Vós, os que temeis ao Senhor, confiai no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo.

12 O Senhor tem-se lembrado de nós, abençoar-nos-á; abençoará a casa de Israel; abençoará a casa de Arão;

13 abençoará os que temem ao Senhor, tanto pequenos como grandes.

14 Aumente-vos o Senhor cada vez mais, a vós e a vossos filhos.

15 Sede vós benditos do Senhor, que fez os céus e a terra.

16 Os céus são os céus do Senhor, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.

17 Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio;

18 nós, porém, bendiremos ao Senhor, desde agora e para sempre. Louvai ao Senhor.














Capítulo : 116

1 Amo ao Senhor, porque ele ouve a minha voz e a minha súplica.

2 Porque inclina para mim o seu ouvido, invocá-lo-ei enquanto viver.

3 Os laços da morte me cercaram; as angústias do Seol se apoderaram de mim; sofri tribulação e tristeza.

4 Então invoquei o nome do Senhor, dizendo: ç Senhor, eu te rogo, livra-me.

5 Compassivo é o Senhor, e justo; sim, misericordioso é o nosso Deus.

6 O Senhor guarda os simples; quando me acho abatido, ele me salva.

7 Volta, minha alma, ao teu repouso, pois o Senhor te fez bem.

8 Pois livraste a minha alma da morte, os meus olhos das lágrimas, e os meus pés de tropeçar.

9 Andarei perante o Senhor, na terra dos viventes.

10 Cri, por isso falei; estive muito aflito.

11 Eu dizia na minha precipitação: Todos os homens são mentirosos.

12 Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?

13 Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor.

14 Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo.

15 Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos.

16 ó Senhor, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas cadeias.

17 Oferecer-te-ei sacrifícios de ação de graças, e invocarei o nome do Senhor.

18 Pagarei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo,

19 nos átrios da casa do Senhor, no meio de ti, ó Jerusalém! Louvai ao Senhor.















Capítulo : 117

1 Louvai ao Senhor todas as nações, exaltai-o todos os povos.

2 Porque a sua benignidade é grande para conosco, e a verdade do Senhor dura para sempre. Louvai ao Senhor.












Capítulo : 118

1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.

2 Diga, pois, Israel: A sua benignidade dura para sempre.

3 Diga, pois, a casa de Arão: A sua benignidade dura para sempre.

4 Digam, pois, os que temem ao Senhor: A sua benignidade dura para sempre.

5 Do meio da angústia invoquei o Senhor; o Senhor me ouviu, e me pôs em um lugar largo.

6 O Senhor é por mim, não recearei; que me pode fazer o homem?

7 O Senhor é por mim entre os que me ajudam; pelo que verei cumprido o meu desejo sobre os que me odeiam.

8 É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem.

9 É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar nos príncipes.

10 Todas as nações me cercaram, mas em nome do Senhor eu as exterminei.

11 Cercaram-me, sim, cercaram-me; mas em nome do Senhor eu as exterminei.

12 Cercaram-me como abelhas, mas apagaram-se como fogo de espinhos; pois em nome do Senhor as exterminei.

13 Com força me impeliste para me fazeres cair, mas o Senhor me ajudou.

14 O Senhor é a minha força e o meu cântico; tornou-se a minha salvação.

15 Nas tendas dos justos há jubiloso cântico de vitória; a destra do Senhor faz proezas.

16 A destra do Senhor se exalta, a destra do Senhor faz proezas.

17 Não morrerei, mas viverei, e contarei as obras do Senhor.

18 O Senhor castigou-me muito, mas não me entregou à morte.

19 Abre-me as portas da justiça, para que eu entre por elas e dê graças ao Senhor.

20 Esta é a porta do Senhor; por ela os justos entrarão.

21 Graças te dou porque me ouviste, e te tornaste a minha salvação.

22 A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular.

23 Foi o Senhor que fez isto e é maravilhoso aos nossos olhos.

24 Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele.

25 ç Senhor, salva, nós te pedimos; ó Senhor, nós te pedimos, envia-nos a prosperidade.

26 Bendito aquele que vem em nome do Senhor; da casa do Senhor vos bendizemos.

27 O Senhor é Deus, e nos concede a luz; atai a vítima da festa com cordas às pontas do altar.

28 Tu és o meu Deus, e eu te darei graças; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei.

29 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.















Capítulo : 119

1 Bem-aventurados os que trilham com integridade o seu caminho, os que andam na lei do Senhor!

2 Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos, que o buscam de todo o coração,

3 que não praticam iniqüidade, mas andam nos caminhos dele!

4 Tu ordenaste os teus preceitos, para que fossem diligentemente observados.

5 Oxalá sejam os meus caminhos dirigidos de maneira que eu observe os teus estatutos!

6 Então não ficarei confundido, atentando para todos os teus mandamentos.

7 Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido as tuas retas ordenanças.

8 Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente!

9 Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o de acordo com a tua palavra.

10 De todo o meu coração tenho te buscado; não me deixes desviar dos teus mandamentos.

11 Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.

12 Bendito és tu, ó Senhor; ensina-me os teus estatutos.

13 Com os meus lábios declaro todas as ordenanças da tua boca.

14 Regozijo-me no caminho dos teus testemunhos, tanto como em todas as riquezas.

15 Em teus preceitos medito, e observo os teus caminhos.

16 Deleitar-me-ei nos teus estatutos; não me esquecerei da tua palavra.

17 Faze bem ao teu servo, para que eu viva; assim observarei a tua palavra.

18 Desvenda os meus olhos, para que eu veja as maravilhas da tua lei.

19 Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.

20 A minha alma se consome de anelos por tuas ordenanças em todo o tempo.

21 Tu repreendeste os soberbos, os malditos, que se desviam dos teus mandamentos.

22 Tira de sobre mim o opróbrio e o desprezo, pois tenho guardado os teus testemunhos.

23 Príncipes sentaram-se e falavam contra mim, mas o teu servo meditava nos teus estatutos.

24 Os teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros.

25 A minha alma apega-se ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.

26 Meus caminhos te descrevi, e tu me ouviste; ensina-me os teus estatutos.

27 Faze-me entender o caminho dos teus preceitos; assim meditarei nas tuas maravilhas.

28 A minha alma se consome de tristeza; fortalece-me segundo a tua palavra.

29 Desvia de mim o caminho da falsidade, e ensina-me benignidade a tua lei.

30 Escolhi o caminho da fidelidade; diante de mim pus as tuas ordenanças.

31 Apego-me aos teus testemunhos, ó Senhor; não seja eu envergonhado.

32 Percorrerei o caminho dos teus mandamentos, quando dilatares o meu coração.

33 Ensina-me, ó Senhor, o caminho dos teus estatutos, e eu o guardarei até o fim.

34 Dá-me entendimento, para que eu guarde a tua lei, e a observe de todo o meu coração.

35 Faze-me andar na vereda dos teus mandamentos, porque nela me comprazo.

36 Inclina o meu coração para os teus testemunhos, e não para a cobiça.

37 Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e vivifica-me no teu caminho.

38 Confirma a tua promessa ao teu servo, que se inclina ao teu temor.

39 Desvia de mim o opróbrio que temo, pois as tuas ordenanças são boas.

40 Eis que tenho anelado os teus preceitos; vivifica-me por tua justiça.

41 Venha também sobre mim a tua benignidade, ó Senhor, e a tua salvação, segundo a tua palavra.

42 Assim terei o que responder ao que me afronta, pois confio na tua palavra.

43 De minha boca não tires totalmente a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus juízos.

44 Assim observarei de contínuo a tua lei, para sempre e eternamente;

45 e andarei em liberdade, pois tenho buscado os teus preceitos.

46 Falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei.

47 Deleitar-me-ei em teus mandamentos, que eu amo.

48 Também levantarei as minhas mãos para os teus mandamentos, que amo, e meditarei nos teus estatutos.

49 Lembra-te da palavra dada ao teu servo, na qual me fizeste esperar.

50 Isto é a minha consolação na minha angústia, que a tua promessa me vivifica.

51 Os soberbos zombaram grandemente de mim; contudo não me desviei da tua lei.

52 Lembro-me dos teus juízos antigos, ó Senhor, e assim me consolo.

53 Grande indignação apoderou-se de mim, por causa dos ímpios que abandonam a tua lei.

54 Os teus estatutos têm sido os meus cânticos na casa da minha peregrinação.

55 De noite me lembrei do teu nome, ó Senhor, e observei a tua lei.

56 Isto me sucedeu, porque tenho guardado os teus preceitos.

57 O Senhor é o meu quinhão; prometo observar as tuas palavras.

58 De todo o meu coração imploro o teu favor; tem piedade de mim, segundo a tua palavra.

59 Quando considero os meus caminhos, volto os meus pés para os teus testemunhos.

60 Apresso-me sem detença a observar os teus mandamentos.

61 Enleiam-me os laços dos ímpios; mas eu não me esqueço da tua lei.

62 á meia-noite me levanto para dar-te graças, por causa dos teus retos juízos.

63 Companheiro sou de todos os que te temem, e dos que guardam os teus preceitos.

64 A terra, ó Senhor, está cheia da tua benignidade; ensina-me os teus estatutos.

65 Tens usado de bondade para com o teu servo, Senhor, segundo a tua palavra.

66 Ensina-me bom juízo e ciência, pois creio nos teus mandamentos.

67 Antes de ser afligido, eu me extraviava; mas agora guardo a tua palavra.

68 Tu és bom e fazes o bem; ensina-me os teus estatutos.

69 Os soberbos forjam mentiras contra mim; mas eu de todo o coração guardo os teus preceitos.

70 Torna-se-lhes insensível o coração como a gordura; mas eu me deleito na tua lei.

71 Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.

72 Melhor é para mim a lei da tua boca do que milhares de ouro e prata.

73 As tuas mãos me fizeram e me formaram; dá-me entendimento para que aprenda os teus mandamentos.

74 Os que te temem me verão e se alegrarão, porque tenho esperado na tua palavra.

75 Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são retos, e que em tua fidelidade me afligiste.

76 Sirva, pois, a tua benignidade para me consolar, segundo a palavra que deste ao teu servo.

77 Venham sobre mim as tuas ternas misericórdias, para que eu viva, pois a tua lei é o meu deleite.

78 Envergonhados sejam os soberbos, por me haverem subvertido sem causa; mas eu meditarei nos teus preceitos.

79 Voltem-se para mim os que te temem, para que conheçam os teus testemunhos.

80 Seja perfeito o meu coração nos teus estatutos, para que eu não seja envergonhado.

81 Desfalece a minha alma, aguardando a tua salvação; espero na tua palavra.

82 Os meus olhos desfalecem, esperando por tua promessa, enquanto eu pergunto: Quando me consolarás tu?

83 Pois tornei-me como odre na fumaça, mas não me esqueci dos teus estatutos.

84 Quantos serão os dias do teu servo? Até quando não julgarás aqueles que me perseguem?

85 Abriram covas para mim os soberbos, que não andam segundo a tua lei.

86 Todos os teus mandamentos são fiéis. Sou perseguido injustamente; ajuda-me!

87 Quase que me consumiram sobre a terra, mas eu não deixei os teus preceitos.

88 Vivifica-me segundo a tua benignidade, para que eu guarde os testemunhos da tua boca.

89 Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada nos céus.

90 A tua fidelidade estende-se de geração a geração; tu firmaste a terra, e firme permanece.

91 Conforme a tua ordenança, tudo se mantém até hoje, porque todas as coisas te obedecem.

92 Se a tua lei não fora o meu deleite, então eu teria perecido na minha angústia.

93 Nunca me esquecerei dos teus preceitos, pois por eles me tens vivificado.

94 Sou teu, salva-me; pois tenho buscado os teus preceitos.

95 Os ímpios me espreitam para me destruírem, mas eu atento para os teus testemunhos.

96 A toda perfeição vi limite, mas o teu mandamento é ilimitado.

97 Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo.

98 O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo.

99 Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação.

100 Sou mais entendido do que os velhos, porque tenho guardado os teus preceitos.

101 Retenho os meus pés de todo caminho mau, a fim de observar a tua palavra.

102 Não me aperto das tuas ordenanças, porque és tu quem me instrui.

103 Oh! quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! mais doces do que o mel à minha boca.

104 Pelos teus preceitos alcanço entendimento, pelo que aborreço toda vereda de falsidade.

105 Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.

106 Fiz juramento, e o confirmei, de guardar as tuas justas ordenanças.

107 Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra.

108 Aceita, Senhor, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca, e ensina-me as tuas ordenanças.

109 Estou continuamente em perigo de vida; todavia não me esqueço da tua lei.

110 Os ímpios me armaram laço, contudo não me desviei dos teus preceitos.

111 Os teus testemunhos são a minha herança para sempre, pois são eles o gozo do meu coração.

112 Inclino o meu coração a cumprir os teus estatutos, para sempre, até o fim.

113 Aborreço a duplicidade, mas amo a tua lei.

114 Tu és o meu refúgio e o meu escudo; espero na tua palavra.

115 Apartai-vos de mim, malfeitores, para que eu guarde os mandamentos do meu Deus.

116 Ampara-me conforme a tua palavra, para que eu viva; e não permitas que eu seja envergonhado na minha esperança.

117 Sustenta-me, e serei salvo, e de contínuo terei respeito aos teus estatutos.

118 Desprezas todos os que se desviam dos teus estatutos, pois a astúcia deles é falsidade.

119 Deitas fora, como escória, todos os ímpios da terra; pelo que amo os teus testemunhos.

120 Arrepia-se-me a carne com temor de ti, e tenho medo dos teus juízos.

121 Tenho praticado a retidão e a justiça; não me abandones aos meus opressores.

122 Fica por fiador do teu servo para o bem; não me oprimem os soberbos.

123 Os meus olhos desfalecem à espera da tua salvação e da promessa da tua justiça.

124 Trata com o teu servo segundo a tua benignidade, e ensina-me os teus estatutos.

125 Sou teu servo; dá-me entendimento, para que eu conheça os teus testemunhos.

126 É tempo de agires, ó Senhor, pois eles violaram a tua lei.

127 Pelo que amo os teus mandamentos mais do que o ouro, sim, mais do que o ouro fino.

128 Por isso dirijo os meus passos por todos os teus preceitos, e aborreço toda vereda de falsidade.

129 Maravilhosos são os teus testemunhos, por isso a minha alma os guarda.

130 A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples.

131 Abro a minha boca e arquejo, pois estou anelante pelos teus mandamentos.

132 Volta-te para mim, e compadece-te de mim, conforme usas para com os que amam o teu nome.

133 Firma os meus passos na tua palavra; e não se apodere de mim iniqüidade alguma.

134 Resgata-me da opressão do homem; assim guardarei os teus preceitos.

135 Faze resplandecer o teu rosto sobre o teu servo, e ensina-me os teus estatutos.

136 Os meus olhos derramam rios de lágrimas, porque os homens não guardam a tua lei.

137 Justo és, ó Senhor, e retos são os teus juízos.

138 Ordenaste os teus testemunhos com retidão, e com toda a fidelidade.

139 O meu zelo me consome, porque os meus inimigos se esquecem da tua palavra.

140 A tua palavra é fiel a toda prova, por isso o teu servo a ama.

141 Pequeno sou e desprezado, mas não me esqueço dos teus preceitos.

142 A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a verdade.

143 Tribulação e angústia se apoderaram de mim; mas os teus mandamentos são o meu prazer.

144 Justos são os teus testemunhos para sempre; dá-me entendimento, para que eu viva.

145 Clamo de todo o meu coração; atende-me, Senhor! Eu guardarei os teus estatutos.

146 A ti clamo; salva-me, para que guarde os teus testemunhos.

147 Antecipo-me à alva da manhã e clamo; aguardo com esperança as tuas palavras.

148 Os meus olhos se antecipam às vigílias da noite, para que eu medite na tua palavra.

149 Ouve a minha voz, segundo a tua benignidade; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua justiça.

150 Aproximam-se os que me perseguem maliciosamente; andam afastados da tua lei.

151 Tu estás perto, Senhor, e todos os teus mandamentos são verdade.

152 Há muito sei eu dos teus testemunhos que os fundaste para sempre.

153 Olha para a minha aflição, e livra-me, pois não me esqueço da tua lei.

154 Pleiteia a minha causa, e resgata-me; vivifica-me segundo a tua palavra.

155 A salvação está longe dos ímpios, pois não buscam os teus estatutos.

156 Muitas são, Senhor, as tuas misericórdias; vivifica-me segundo os teus juízos.

157 Muitos são os meus perseguidores e os meus adversários, mas não me desvio dos teus testemunhos.

158 Vi os pérfidos, e me afligi, porque não guardam a tua palavra.

159 Considera como amo os teus preceitos; vivifica-me, Senhor, segundo a tua benignidade.

160 A soma da tua palavra é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para sempre.

161 Príncipes me perseguem sem causa, mas o meu coração teme as tuas palavras.

162 Regozijo-me com a tua palavra, como quem acha grande despojo.

163 Odeio e abomino a falsidade; amo, porém, a tua lei.

164 Sete vezes no dia te louvo pelas tuas justas ordenanças.

165 Muita paz têm os que amam a tua lei, e não há nada que os faça tropeçar.

166 Espero, Senhor, na tua salvação, e cumpro os teus mandamentos.

167 A minha alma observa os teus testemunhos; amo-os extremamente.

168 Observo os teus preceitos e os teus testemunhos, pois todos os meus caminhos estão diante de ti.

169 Chegue a ti o meu clamor, ó Senhor; dá-me entendimento conforme a tua palavra.

170 Chegue à tua presença a minha súplica; livra-me segundo a tua palavra.

171 Profiram louvor os meus lábios, pois me ensinas os teus estatutos.

172 Celebre a minha língua a tua palavra, pois todos os teus mandamentos são justos.

173 Esteja pronta a tua mão para me socorrer, pois escolhi os teus preceitos.

174 Anelo por tua salvação, ó Senhor; a tua lei é o meu prazer.

175 Que minha alma viva, para que te louve; ajudem-me as tuas ordenanças.

176 Desgarrei-me como ovelha perdida; busca o teu servo, pois não me esqueço dos teus mandamentos.

















Capítulo : 120

1 Na minha angústia clamei ao Senhor, e ele me ouviu.

2 Senhor, livra-me dos lábios mentirosos e da língua enganadora.

3 Que te será dado, ou que te será acrescentado, língua enganadora?

4 Flechas agudas do valente, com brasas vivas de zimbro!

5 Ai de mim, que peregrino em Meseque, e habito entre as tendas de Quedar!

6 Há muito que eu habito com aqueles que odeiam a paz.

7 Eu sou pela paz; mas quando falo, eles são pela guerra.













Capítulo : 121

1 Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro?

2 O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.

3 Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não dormitará.

4 Eis que não dormitará nem dormirá aquele que guarda a Israel.

5 O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua mão direita.

6 De dia o sol não te ferirá, nem a lua de noite.

7 O Senhor te guardará de todo o mal; ele guardará a tua vida.

8 O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.

















Capítulo : 122

1 Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.

2 Os nossos pés estão parados dentro das tuas portas, ó Jerusalém!

3 Jerusalém, que és edificada como uma cidade compacta,

4 aonde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como testemunho para Israel, a fim de darem graças ao nome do Senhor.

5 Pois ali estão postos os tronos de julgamento, os tronos da casa de Davi.

6 Orai pela paz de Jerusalém; prosperem aqueles que te amam.

7 Haja paz dentro de teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios.

8 Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz dentro de ti.

9 Por causa da casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem.













Capítulo : 123

1 A ti levanto os meus olhos, ó tu que estás entronizado nos céus.

2 Eis que assim como os olhos dos servos atentam para a mão do seu senhor, e os olhos da serva para a mão de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o Senhor nosso Deus, até que ele se compadeça de nós.

3 Compadece-te de nós, ó Senhor, compadece-te de nós, pois estamos sobremodo fartos de desprezo.

4 A nossa alma está sobremodo farta da zombaria dos arrogantes, e do desprezo dos soberbos.












Capítulo : 124

1 Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora diga Israel:

2 Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós,

3 eles nos teriam tragado vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós;

4 as águas nos teriam submergido, e a torrente teria passado sobre nós;

5 sim, as águas impetuosas teriam passado sobre nós.

6 Bendito seja o Senhor, que não nos entregou, como presa, aos dentes deles.

7 Escapamos, como um pássaro, do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.

8 O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez os céus e a terra.










Capítulo : 125

1 Aqueles que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não pode ser abalado, mas permanece para sempre.

2 Como estão os montes ao redor de Jerusalém, assim o Senhor está ao redor do seu povo, desde agora e para sempre.

3 Porque o cetro da impiedade não repousará sobre a sorte dos justos, para que os justos não estendam as suas mãos para cometer a iniqüidade.

4 Faze o bem, ó Senhor, aos bons e aos que são retos de coração.

5 Mas aos que se desviam para os seus caminhos tortuosos, levá-los-á o Senhor juntamente com os que praticam a maldade. Que haja paz sobre Israel.













Capítulo : 126

1 Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, éramos como os que estão sonhando.

2 Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cânticos. Então se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o Senhor por eles.

3 Sim, grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres.

4 Faze regressar os nossos cativos, Senhor, como as correntes no sul.

5 Os que semeiam em lágrimas, com cânticos de júbilo segarão.

6 Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos.













Capítulo : 127

1 Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

2 Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois ele supre aos seus amados enquanto dormem.

3 Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.

4 Como flechas na mão dum homem valente, assim os filhos da mocidade.

5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta.

















Capítulo : 128

1 Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.

2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.

3 A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa.

4 Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.

5 De Sião o Senhor te abençoará; verás a prosperidade de Jerusalém por todos os dias da tua vida,

6 e verás os filhos de teus filhos. A paz seja sobre Israel.













Capítulo : 129

1 Gravemente me angustiaram desde a minha mocidade, diga agora Israel;

2 gravemente me angustiaram desde a minha mocidade, todavia não prevaleceram contra mim.

3 Os lavradores araram sobre as minhas costas; compridos fizeram os seus sulcos.

4 O Senhor é justo; ele corta as cordas dos ímpios.

5 Sejam envergonhados e repelidos para trás todos os que odeiam a Sião.

6 Sejam como a erva dos telhados, que seca antes de florescer;

7 com a qual o segador não enche a mão, nem o regaço o que ata os feixes;

8 nem dizem os que passam: A bênção do Senhor seja sobre vós; nós vos abençoamos em nome do Senhor.
















Capítulo : 130

1 Das profundezas clamo a ti, ó Senhor.

2 Senhor, escuta a minha voz; estejam os teus ouvidos atentos à voz das minhas súplicas.

3 Se tu, Senhor, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá?

4 Mas contigo está o perdão, para que sejas temido.

5 Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra.

6 A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pelo romper da manhã, sim, mais do que os guardas pela manhã.

7 Espera, ó Israel, no Senhor! pois com o Senhor há benignidade, e com ele há copiosa redenção;

8 e ele remirá a Israel de todas as suas iniqüidades.












Capítulo : 131

1 Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim.

2 Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe, qual criança desmamada está a minha alma para comigo.

3 Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre.














Capítulo : 132

1 Lembra-te, Senhor, a bem de Davi, de todas as suas aflições;

2 como jurou ao Senhor, e fez voto ao Poderoso de Jacó, dizendo:

3 Não entrarei na casa em que habito, nem subirei ao leito em que durmo;

4 não darei sono aos meus olhos, nem adormecimento às minhas pálpebras,

5 até que eu ache um lugar para o Senhor uma morada para o Poderoso de Jacó.

6 Eis que ouvimos falar dela em Efrata, e a achamos no campo de Jaar.

7 Entremos nos seus tabernáculos; prostremo-nos ante o escabelo de seus pés.

8 Levanta-te, Senhor, entra no lugar do teu repouso, tu e a arca da tua força.

9 Vistam-se os teus sacerdotes de justiça, e exultem de júbilo os teus santos.

10 Por amor de Davi, teu servo, não rejeites a face do teu ungido.

11 O Senhor jurou a Davi com verdade, e não se desviará dela: Do fruto das tuas entranhas porei sobre o teu trono.

12 Se os teus filhos guardarem o meu pacto, e os meus testemunhos, que eu lhes hei de ensinar, também os seus filhos se assentarão perpetuamente no teu trono.

13 Porque o Senhor escolheu a Sião; desejou-a para sua habitação, dizendo:

14 Este é o lugar do meu repouso para sempre; aqui habitarei, pois o tenho desejado.

15 Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados.

16 Vestirei de salvação os seus sacerdotes; e de júbilo os seus santos exultarão

17 Ali farei brotar a força de Davi; preparei uma lâmpada para o meu ungido.

18 Vestirei de confusão os seus inimigos; mas sobre ele resplandecerá a sua coroa.













Capítulo : 133

1 Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!

2 É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desceu sobre a barba, a barba de Arão, que desceu sobre a gola das suas vestes;

3 como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordenou a bênção, a vida para sempre.















Capítulo : 134

1 Eis aqui, bendizei ao Senhor, todos vós, servos do Senhor, que de noite assistis na casa do Senhor.

2 Erguei as mãos para o santuário, e bendizei ao Senhor.

3 Desde Sião te abençoe o Senhor, que fez os céus e a terra.











Capítulo : 135

1 Louvai ao Senhor. Louvai o nome do Senhor; louvai-o, servos do Senhor,

2 vós que assistis na casa do Senhor, nos átrios da casa do nosso Deus.

3 Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom; cantai louvores ao seu nome, porque ele é bondoso.

4 Porque o Senhor escolheu para si a Jacó, e a Israel para seu tesouro peculiar.

5 Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Senhor está acima de todos os deuses.

6 Tudo o que o Senhor deseja ele o faz, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos.

7 Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros.

8 Foi ele que feriu os primogênitos do Egito, desde os homens até os animais;

9 que operou sinais e prodígios no meio de ti, ó Egito, contra Faraó e contra os seus servos;

10 que feriu muitas nações, e matou reis poderosos:

11 a Siom, rei dos amorreus, e a Ogue, rei de Basã, e a todos os reinos de Canaã;

12 e deu a terra deles em herança, em herança a Israel, seu povo.

13 O teu nome, ó Senhor, subsiste para sempre; e a tua memória, ó Senhor, por todas as gerações.

14 Pois o Senhor julgará o seu povo, e se compadecerá dos seus servos.

15 Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens;

16 têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem;

17 têm ouvidos, mas não ouvem; nem há sopro algum na sua boca.

18 Semelhantemente a eles se tornarão os que os fazem, e todos os que neles confiam.

19 ó casa de Israel, bendizei ao Senhor; ó casa de Arão, bendizei ao Senhor;

20 ó casa de Levi, bendizei ao Senhor; vós, os que temeis ao Senhor, bendizei ao Senhor.

21 Desde Sião seja bendito o Senhor, que habita em Jerusalém. Louvai ao Senhor.












Capítulo : 136

1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.

2 Dai graças ao Deus dos deuses, porque a sua benignidade dura para sempre

3 Dai graças ao Senhor dos senhores, porque a sua benignidade dura para sempre;

4 ao único que faz grandes maravilhas, porque a sua benignidade dura para sempre;

5 àquele que com entendimento fez os céus, porque a sua benignidade dura para sempre;

6 àquele que estendeu a terra sobre as águas, porque a sua benignidade dura para sempre;

7 àquele que fez os grandes luminares, porque a sua benignidade dura para sempre;

8 o sol para governar de dia, porque a sua benignidade dura para sempre;

9 a lua e as estrelas para presidirem a noite, porque a sua benignidade dura para sempre;

10 àquele que feriu o Egito nos seus primogênitos, porque a sua benignidade dura para sempre;

11 e que tirou a Israel do meio deles, porque a sua benignidade dura para sempre;

12 com mão forte, e com braço estendido, porque a sua benignidade dura para sempre;

13 àquele que dividiu o Mar Vermelho em duas partes, porque a sua benignidade dura para sempre;

14 e fez passar Israel pelo meio dele, porque a sua benignidade dura para sempre;

15 mas derrubou a Faraó com o seu exército no Mar Vermelho, porque a sua benignidade dura para sempre;

16 àquele que guiou o seu povo pelo deserto, porque a sua benignidade dura para sempre;

17 àquele que feriu os grandes reis, porque a sua benignidade dura para sempre;

18 e deu a morte a reis famosos, porque a sua benignidade dura para sempre.

19 a Siom, rei dos amorreus, porque a sua benignidade dura para sempre;

20 e a Ogue, rei de Basã, porque a sua benignidade dura para sempre;

21 e deu a terra deles em herança, porque a sua benignidade dura para sempre;

22 sim, em herança a Israel, seu servo, porque a sua benignidade dura para sempre;

23 que se lembrou de nós em nossa humilhação, porque a sua benignidade dura para sempre;

24 e nos libertou dos nossos inimigos, porque a sua benignidade dura para sempre;

25 que dá alimento a toda a carne, porque a sua benignidade dura para sempre.

26 Dai graças ao Deus dos céus, porque a sua benignidade dura para sempre.













Capítulo : 137

1 Junto aos rios de Babilônia, ali nos assentamos e nos pusemos a chorar, recordando-nos de Sião.

2 Nos salgueiros que há no meio dela penduramos as nossas harpas,

3 pois ali aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções; e os que nos atormentavam, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião.

4 Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estrangeira?

5 Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza.

6 Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria.

7 Lembra-te, Senhor, contra os edomitas, do dia de Jerusalém, porque eles diziam: Arrasai-a, arrasai-a até os seus alicerces.

8 Ah! filha de Babilônia, devastadora; feliz aquele que te retribuir consoante nos fizeste a nós;

9 feliz aquele que pegar em teus pequeninos e der com eles nas pedra.











Capítulo : 138

1 Graças te dou de todo o meu coração; diante dos deuses a ti canto louvores.

2 Inclino-me para o teu santo templo, e louvo o teu nome pela tua benignidade, e pela tua fidelidade; pois engrandeceste acima de tudo o teu nome e a tua palavra.

3 No dia em que eu clamei, atendeste-me; alentaste-me, fortalecendo a minha alma.

4 Todos os reis da terra de louvarão, ó Senhor, quando ouvirem as palavras da tua boca;

5 e cantarão os caminhos do Senhor, pois grande é a glória do Senhor.

6 Ainda que o Senhor é excelso, contudo atenta para o humilde; mas ao soberbo, conhece-o de longe.

7 Embora eu ande no meio da angústia, tu me revivificas; contra a ira dos meus inimigos estendes a tua mão, e a tua destra me salva.

8 O Senhor aperfeiçoará o que me diz respeito. A tua benignidade, ó Senhor, dura para sempre; não abandones as obras das tuas mãos.











Capítulo : 139

1 Senhor, tu me sondas, e me conheces.

2 Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.

3 Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos.

4 Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces.

5 Tu me cercaste em volta, e puseste sobre mim a tua mão.

6 Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir.

7 Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?

8 Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também.

9 Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,

10 ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.

11 Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda;

12 nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.

13 Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe.

14 Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.

15 Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e esmeradamente tecido nas profundezas da terra.

16 Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles.

17 E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles!

18 Se eu os contasse, seriam mais numerosos do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.

19 Oxalá que matasses o perverso, ó Deus, e que os homens sanguinários se apartassem de mim,

20 homens que se rebelam contra ti, e contra ti se levantam para o mal.

21 Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam? e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?

22 Odeio-os com ódio completo; tenho-os por inimigos.

23 Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos;

24 vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno.












Capítulo : 140

1 Livra-me, ó Senhor, dos homens maus; guarda-me dos homens violentos,

2 os quais maquinam maldades no coração; estão sempre projetando guerras.

3 Aguçaram as línguas como a serpente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios.

4 Guarda-me, ó Senhor, das mãos dos ímpios; preserva-me dos homens violentos, os quais planejaram transtornar os meus passos.

5 Os soberbos armaram-me laços e cordas; estenderam uma rede à beira do caminho; puseram-me armadilhas.

6 Eu disse, ao Senhor: Tu és o meu Deus; dá ouvidos, ó Senhor, à voz das minhas súplicas.

7 ó Senhor, meu Senhor, meu forte libertador, tu cobriste a minha cabeça no dia da batalha.

8 Não concedas, ó Senhor, aos ímpios os seus desejos; não deixes ir por diante o seu mau propósito.

9 Não levantem a cabeça os que me cercam; cubra-os a maldade dos seus lábios.

10 Caiam sobre eles brasas vivas; sejam lançados em covas profundas, para que não se tornem a levantar!

11 Não se estabeleça na terra o caluniador; o mal persiga o homem violento com golpe sobre golpe.

12 Sei que o Senhor manterá a causa do aflito, e o direito do necessitado.

13 Decerto os justos louvarão o teu nome; os retos habitarão na tua presença.













Capítulo : 141

1 ó Senhor, a ti clamo; dá-te pressa em me acudir! Dá ouvidos à minha voz, quando a ti clamo!

2 Suba a minha oração, como incenso, diante de ti, e seja o levantar das minhas mãos como o sacrifício da tarde!

3 Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios!

4 Não inclines o meu coração para o mal, nem para se ocupar de coisas más, com aqueles que praticam a iniqüidade; e não coma eu das suas gulodices!

5 Fira-me o justo, será isso uma benignidade; e repreenda-me, isso será como óleo sobre a minha cabeça; não o recuse a minha cabeça; mas continuarei a orar contra os feitos dos ímpios.

6 Quando os seus juízes forem arremessados duma penha abaixo, saberão que as palavras do Senhor são verdadeiras.

7 Como quando alguém lavra e sulca a terra, são os nossos ossos espalhados à boca do Seol.

8 Mas os meus olhos te contemplam, ó Senhor, meu Senhor; em ti tenho buscado refúgio; não me deixes sem defesa!

9 Guarda-me do laço que me armaram, e das armadilhas dos que praticam a iniqüidade.

10 Caiam os ímpios nas suas próprias redes, até que eu tenha escapado inteiramente.










Capítulo : 142

1 Com a minha voz clamo ao Senhor; com a minha voz ao Senhor suplico.

2 Derramo perante ele a minha queixa; diante dele exponho a minha tribulação.

3 Quando dentro de mim esmorece o meu espírito, então tu conheces a minha vereda; no caminho em que eu ando ocultaram-me um laço.

4 Olha para a minha mão direita, e vê, pois não há quem me conheça; refúgio me faltou; ninguém se interessa por mim.

5 A ti, ó Senhor, clamei; eu disse: Tu és o meu refúgio, o meu quinhão na terra dos viventes.

6 Atende ao meu clamor, porque estou muito abatido; livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu.

7 Tira-me da prisão, para que eu louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me farás muito bem.








Capítulo : 143

1 ó Senhor, ouve a minha oração, dá ouvidos às minhas súplicas! Atende-me na tua fidelidade, e na tua retidão;

2 e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.

3 Pois o inimigo me perseguiu; abateu-me até o chão; fez-me habitar em lugares escuros, como aqueles que morreram há muito.

4 Pelo que dentro de mim esmorece o meu espírito, e em mim está desolado o meu coração.

5 Lembro-me dos dias antigos; considero todos os teus feitos; medito na obra das tuas mãos.

6 A ti estendo as minhas mãos; a minha alma, qual terra sedenta, tem sede de ti.

7 Atende-me depressa, ó Senhor; o meu espírito desfalece; não escondas de mim o teu rosto, para que não me torne semelhante aos que descem à cova.

8 Faze-me ouvir da tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti elevo a minha alma.

9 Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos; porque em ti é que eu me refugio.

10 Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano.

11 Vivifica-me, ó Senhor, por amor do teu nome; por amor da tua justiça, tira-me da tribulação.

12 E por tua benignidade extermina os meus inimigos, e destrói todos os meus adversários, pois eu sou servo.









Capítulo : 144

1 Bendito seja o Senhor, minha rocha, que adestra as minhas mãos para a peleja e os meus dedos para a guerra;

2 meu refúgio e minha fortaleza, meu alto retiro e meu e meu libertador, escudo meu, em quem me refugio; ele é quem me sujeita o meu povo.

3 ó Senhor, que é o homem, para que tomes conhecimento dele, e o filho do homem, para que o consideres?

4 O homem é semelhante a um sopro; os seus dias são como a sombra que passa.

5 Abaixa, ó Senhor, o teu céu, e desce! Toca os montes, para que fumeguem!

6 Arremessa os teus raios, e dissipa-os; envia as tuas flechas, e desbarata-os!

7 Estende as tuas mãos desde o alto; livra-me, e arrebata-me das poderosas águas e da mão do estrangeiro,

8 cuja boca fala vaidade, e cuja mão direita é a destra da falsidade.

9 A ti, ó Deus, cantarei um cântico novo; com a harpa de dez cordas te cantarei louvores,

10 sim, a ti que dás a vitória aos reis, e que livras da espada maligna a teu servo Davi.

11 Livra-me, e tira-me da mão do estrangeiro, cuja boca fala mentiras, e cuja mão direita é a destra da falsidade.

12 Sejam os nossos filhos, na sua mocidade, como plantas bem desenvolvidas, e as nossas filhas como pedras angulares lavradas, como as de um palácio.

13 Estejam repletos os nossos celeiros, fornecendo toda sorte de provisões; as nossas ovelhas produzam a milhares e a dezenas de milhares em nossos campos;

14 os nossos bois levem ricas cargas; e não haja assaltos, nem sortidas, nem clamores em nossas ruas!

15 Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Bem-aventurado o povo cujo Deus é o Senhor.








Capítulo : 145

1 Eu te exaltarei, ó Deus, rei meu; e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos.

2 Cada dia te bendirei, e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos.

3 Grande é o Senhor, e mui digno de ser louvado; e a sua grandeza é insondável.

4 Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciará os teus atos poderosos.

5 Na magnificência gloriosa da tua majestade e nas tuas obras maravilhosas meditarei;

6 falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos, e eu contarei a tua grandeza.

7 Publicarão a memória da tua grande bondade, e com júbilo celebrarão a tua justiça.

8 Bondoso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande benignidade.

9 O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras.

10 Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão.

11 Falarão da glória do teu reino, e relatarão o teu poder,

12 para que façam saber aos filhos dos homens os teus feitos poderosos e a glória do esplendor do teu reino.

13 O teu reino é um reino eterno; o teu domínio dura por todas as gerações.

14 O Senhor sustém a todos os que estão a cair, e levanta a todos os que estão abatidos.

15 Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo;

16 abres a mão, e satisfazes o desejo de todos os viventes.

17 Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, e benigno em todas as suas obras.

18 Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.

19 Ele cumpre o desejo dos que o temem; ouve o seu clamor, e os salva.

20 O Senhor preserva todos os que o amam, mas a todos os ímpios ele os destrói.

21 Publique a minha boca o louvor do Senhor; e bendiga toda a carne o seu santo nome para todo o sempre.










Capítulo : 146

1 Louvai ao Senhor. ó minha alma, louva ao Senhor.

2 Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver.

3 Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há auxílio.

4 Sai-lhe o espírito, e ele volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.

5 Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja esperança está no Senhor seu Deus

6 que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto neles há, e que guarda a verdade para sempre;

7 que faz justiça aos oprimidos, que dá pão aos famintos. O Senhor solta os encarcerados;

8 o Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor levanta os abatidos; o Senhor ama os justos.

9 O Senhor preserva os peregrinos; ampara o órfão e a viúva; mas transtorna o caminho dos ímpios.

10 O Senhor reinará eternamente: o teu Deus, ó Sião, reinará por todas as gerações. Louvai ao Senhor!








Capítulo : 147

1 Louvai ao Senhor; porque é bom cantar louvores ao nosso Deus; pois isso é agradável, e decoroso é o louvor.

2 O Senhor edifica Jerusalém, congrega os dispersos de Israel;

3 sara os quebrantados de coração, e cura-lhes as feridas;

4 conta o número das estrelas, chamando-as a todas pelos seus nomes.

5 Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; não há limite ao seu entendimento.

6 O Senhor eleva os humildes, e humilha os perversos até a terra.

7 Cantai ao Senhor em ação de graças; com a harpa cantai louvores ao nosso Deus.

8 Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra, e que faz produzir erva sobre os montes;

9 que dá aos animais o seu alimento, e aos filhos dos corvos quando clamam.

10 Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz nas pernas do homem.

11 O Senhor se compraz nos que o temem, nos que esperam na sua benignidade.

12 Louva, ó Jerusalém, ao Senhor; louva, ó Sião, ao teu Deus.

13 Porque ele fortalece as trancas das tuas portas; abençoa aos teus filhos dentro de ti.

14 Ele é quem estabelece a paz nas tuas fronteiras; quem do mais fino trigo te farta;

15 quem envia o seu mandamento pela terra; a sua palavra corre mui velozmente.

16 Ele dá a neve como lã, esparge a geada como cinza,

17 e lança o seu gelo em pedaços; quem pode resistir ao seu frio?

18 Manda a sua palavra, e os derrete; faz soprar o vento, e correm as águas;

19 ele revela a sua palavra a Jacó, os seus estatutos e as suas ordenanças a Israel.

20 Não fez assim a nenhuma das outras nações; e, quanto às suas ordenanças, elas não as conhecem. Louvai ao Senhor!





Capítulo : 148

1 Louvai ao Senhor! Louvai ao Senhor desde o céu, louvai-o nas alturas!

2 Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todas as suas hostes!

3 Louvai-o, sol e lua; louvai-o, todas as estrelas luzentes!

4 Louvai-o, céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus!

5 Louvem eles o nome do Senhor; pois ele deu ordem, e logo foram criados.

6 Também ele os estabeleceu para todo sempre; e lhes fixou um limite que nenhum deles ultrapassará.

7 Louvai ao Senhor desde a terra, vós, monstros marinhos e todos os abismos;

8 fogo e saraiva, neve e vapor; vento tempestuoso que executa a sua palavra;

9 montes e todos os outeiros; árvores frutíferas e todos os cedros;

10 feras e todo o gado; répteis e aves voadoras;

11 reis da terra e todos os povos; príncipes e todos os juízes da terra;

12 mancebos e donzelas; velhos e crianças!

13 Louvem eles o nome do Senhor, pois só o seu nome é excelso; a sua glória é acima da terra e do céu.

14 Ele também exalta o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de Israel, um povo que lhe é chegado. Louvai ao Senhor!







Capítulo : 149

1 Louvai ao Senhor! Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor na assembléia dos santos!

2 Alegre-se Israel naquele que o fez; regozijem-se os filhos de Sião no seu Rei.

3 Louvem-lhe o nome com danças, cantem-lhe louvores com adufe e harpa.

4 Porque o Senhor se agrada do seu povo; ele adorna os mansos com a salvação.

5 Exultem de glória os santos, cantem de alegria nos seus leitos.

6 Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus, e na sua mão espada de dois gumes,

7 para exercerem vingança sobre as nações, e castigos sobre os povos;

8 para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus nobres com grilhões de ferro;

9 para executarem neles o juízo escrito; esta honra será para todos os santos. Louvai ao Senhor!





Capítulo : 150

1 Louvai ao Senhor! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento do seu poder!

2 Louvai-o pelos seus atos poderosos; louvai-o conforme a excelência da sua grandeza!

3 Louvai-o ao som de trombeta; louvai-o com saltério e com harpa!

4 Louvai-o com adufe e com danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flauta!

5 Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos altissonantes!

6 Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor!

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